20/10/2013

Objetivos

Objetivos

Um pouco por todo o lado, muito se ouve falar mal da situação política, económica e social.

A maior parte das vezes, atribuímos as culpas a dirigentes políticos. Como é habitual, mandamos sempre as culpas para os outros. «A culpa morreu solteira.» Esquecemo-nos, porém, de que somos nós que escolhemos os políticos que comandam os nossos destinos terrenos.

Como podemos nós fazer as melhores escolhas, sem termos um conhecimento minimamente sólido de ciência política, filosofia, ideologias, estratégias, economia, sociologia, história, etc.?

Ainda assim, qualquer um julga ser muito entendido em assuntos políticos! Também não falta quem vote pelos mais variados motivos, por mais surrealistas que sejam.

Habitualmente, preferimos não levar em conta a gravidade desta situação! Com o nosso voto, podemos, inclusivamente, fazer que algum novo grande tirano chegue ao poder, como já aconteceu no passado!

Ao menos, deveríamos lembrar-nos de que não temos o direito de impor as nossas preferências pessoais às outras pessoas. Mas com que critérios devemos fazer as nossas escolhas? Como podemos saber escolher da maneira mais justa possível, usando um critério de verdade?

Impõe-se, portanto, que não sejamos irresponsáveis e que procuremos entender quais são os pilares da sociedade, para que os possamos segurar. Não esteja a nossa ignorância a dar o último empurrão para que a sociedade caia no abismo!

Não resolvemos nada em ficarmos deprimidos com certos acontecimentos! Em vez disso, apostemos, urgentemente, numa séria formação ideológica. Tentemos compreender as causas do que está errado na sociedade e façamos a nossa parte para o corrigir. Ao menos, façamos chegar esse conhecimento ao maior número possível de pessoas.


Subversão ideológica

Subversão ideológica é o mesmo que guerra psicológica. É a chave para entendermos o mau funcionamento de uma sociedade.

Para começarmos a estudar este assunto, Yuri Bezmenov parece-nos o autor mais acessível.



  1. A subversão nos países-alvo da extinta União Soviética — Palestra de Yuri Bezmenov.
  2. Subversão soviética da imprensa do mundo livre — Entrevista a Yuri Bezmenov: 1 | 2 | 3
  3. As quatro etapas da subversão — Yuri Bezmenov: 1 | 2 | 3

Ficheiros externos para descarregar e visualizar em modo de «tela cheia». Servem para fazer apresentações e palestras para grupos de estudo.
  1. A subversão nos países-alvo da extinta União Soviética (Palestra de Yuri Bezmenov) — Ficheiro PDF disponível AQUI.
  2. Subversão soviética da imprensa do mundo livre (Entrevista a Yuri Bezmenov) — Ficheiro PDF disponível AQUI.
  3. As quatro etapas da subversão (Yuri Bezmenov) — Ficheiro PDF disponível AQUI.

15/10/2013

Grau de esquerdismo (socialismo) individual

123456

Para compreendermos muito do que acontece por esse mundo fora, precisamos de conhecer as características do esquerdismo (ou socialismo), que provém duma mentalidade revolucionária. Esta mentalidade assenta na fé num futuro melhor tido como certo e na negação da experiência acumulada dum passado conhecido, pelo que é designada de progressismo.

Numa gradação do esquerdismo, podemos identificar seis graus. É bem possível que os seres humanos normais atinjam os três primeiros graus em algum momento da vida. Nas artes (particularmente na literatura, no cinema e no teatro), encontramos muito facilmente esses três primeiros graus.

1. Constatação de que o mundo real não é paradisíaco. — O mundo não é um paraíso, pois não é capaz de satisfazer todos os nossos desejos, e parece cheio de contradições.

2. Revolta contra a realidade e, consequentemente, contra o Criador dela. — O esquerdista sente-se um oprimido, uma vítima, e revolta-se contra essa suposta condição. A revolta contra a realidade é uma revolta contra Deus, o criador da realidade, considerando-O mau e incompetente.

3. Refúgio na fantasia, ideologia criada pelo próprio ou por outros. — Como compensação, o esquerdista nega a realidade, a verdade conhecida como tal. Vai-se convencendo de que está mal feita, pelo que tem de ser destruída e substituída pelas fantasias ideológicas dele. Já que o mundo não é um paraíso, ele vai tentar criar o seu próprio paraíso fictício. É uma postura de imaturidade infantil.

4. Tentativa de impor a ideologia ao máximo possível de pessoas. — Busca do poder político, social, económico, cultural, académico, científico, etc. A dominação pode ser conseguida pelo poder das armas, mas o mais habitual é usar a estratégia da subversão ideológica (infiltração, ocupação de espaços, domínio da opinião pública, etc.). Para credibilizar, a ideologia é disfarçada de ciência e de progresso. O esquerdista vai-se endeusando, considerando-se o dono da verdade, o «salvador da pátria», o único capaz de criar as soluções para todos os problemas. Bom e verdadeiro «é» o que ele decide decretar como tal, em função dos interesses imediatos dele. A suposta preocupação social, a promessa de um mundo melhor e de uma sociedade mais perfeita ou outras propostas ideológicas são meros pretextos, já que o futuro continuará sempre a ser futuro, e esse prometido mundo perfeito nunca chegará. Como só o «tribunal da História», no futuro prometido, poderá julgar o esquerdista, ele não espera ser julgado durante a vida. O «delírio de interpretação» passa a atacar outras pessoas.

5. Insatisfação constante, o que leva a procurar cada vez mais poder. — O esquerdista nunca está satisfeito, quer sempre mais, considerando que os fins justificam os meios para avançar para o que considera ser o progresso (progressismo). Pela fé num futuro paraíso prometido, todos os males são justificados no presente! Ele considera de «direita» tudo o que decide combater (por mais esquerdista que isso seja). Para ele, um outro esquerdista é, inevitavelmente, considerado como de «direita», reacionário, «neoliberal», burguês, capitalista, inimigo do povo, retrógrado, fascista, filisteu, medieval, etc., devendo ser eliminado!

6. Totalitarismo. — O esquerdismo é o caminho de Satanás, a serpente enganadora que tenta convencer os seres humanos a serem (como) deuses. Se não houver reação que trave o esquerdista, ele vai tentar dominar a totalidade da realidade. Ele acaba por se tornar um Mao Tsé-Tung, um Estaline, um Hitler…!

De um modo ou de outro, o esquerdismo é tão velho como a própria humanidade. A sorte é que, a maior parte das vezes, fica pelos três primeiros graus! Muito necessário, todavia, é reagirmos para cortarmos este grave mal pela raiz. De modo especial, devemos apostar seriamente na educação das nossas crianças e dos nossos jovens — não aconteça que algum «pequeno ditador» venha a ser um grande ditador, no futuro!


11/10/2013

Porque não sou socialista

Porque não sou socialista
100 razões para não ser socialista

O Socialismo é uma teoria que subordina o indivíduo à sociedade. Neste ambiente político, enquanto a individualidade de cada um lastimavelmente se perde, a sociedade encarrega-se de explorar o Estado até ao seu completo esgotamento. A subjugação da pessoa à mediocridade das maiorias, uma vez que os homens dotados de carateres inferiores são em número muito superior aos homens sábios e nobres, resulta numa ditadura de pensamento único imposto pelas massas embrutecidas e por quem as domina. O cidadão inteligente, habituado a pensar, é marginalizado. O socialismo, influenciado pelo individualismo protestante, abarca uma grande variedade de denominações, correspondendo a alguma diferença superficial, porém a sua essência é comum a todas as formas. A essência compõe-se pelas abstrações de Liberdade e de Igualdade forjadas nas lojas maçónicas. Neste campo confrontamo-nos assim com: o Socialismo Católico (uma fraude); o Socialismo Utópico (primórdios); o Socialismo Científico (comunismo) detentor de uma doutrina para além de internacionalista antipatriótica, antiburguesa logo contra as classes médias; a Social-Democracia; o Socialismo Libertário (anarquismo). Este leque tem similitude política com a direita liberal, o centro e a esquerda do leque político nacional.

1 - Não sou socialista porque a ideia sobre o Estado alimentar todos com subsídios e rendimentos mínimos não é feita com a intenção de resolver efetivamente o problema das pessoas, mas sim de resolver o problema da superprodução mundial. Já em 1818, enquanto a população aumentava 20 por cento, a produção crescia em 1500 por cento. Pessoas com dinheiro mas sem ocupação são consumidores por excelência; as massas têm de ter poder de compra para assim escoarem o excesso de produção. Mas a pobreza do Estado aumenta diariamente, as reservas de ouro (que são a garantia da sobrevivência do nosso povo) vão sendo transferidas dos cofres nacionais para algures fora das fronteiras. Desde 1974, já nos libertaram de mais de 500 mil toneladas de ouro. O colapso financeiro será uma inevitabilidade: a economia socialista é insustentável.

2 - O socialismo pugna, desde a sua origem com Robert Owen, no século XIX, para que não exista propriedade individual, para que não haja religiões e para não haja laços legais em matéria sexual, o que equivale ao fim da família. Acabando a família, acaba a raça, extingue-se um povo.

3 - Não sou socialista porque o socialismo, apostando tudo na sociedade e negligenciando o Estado e a pessoa, provocará a falência do Estado e o declínio da pessoa através da massificação.

4 - O socialismo é não só irreligioso como ainda ferozmente antirreligioso, especialmente anticatólico.

5 - Não sou socialista porque a livre concorrência, descartando a intervenção do Estado, provoca a concentração de fortunas, forma monopólios. Este feroz liberalismo socialista, encontrando as fronteiras escancaradas, permitirá que a concentração do ouro conflua para onde a exploração humana for maior. Expõe-se assim um paradoxo socialista: agrava-se a exploração do homem pelo homem no socialismo.

6 - O socialismo, permitindo a corrupção e a vigarice, descura os interesses dos mais fracos, dos mais pobres e dos mais honestos, que assim são vítimas fáceis dos mais oportunistas e dos astutos individualistas.

7 - Não sou socialista porque o Estado deveria intervir nos fenómenos económicos, a fim de conservar a sustentabilidade económica e de promover a harmonia entre empregados e empregadores. Mas o radicalismo socialista, fanatizado pela liberdade, não permite um Estado forte.

8 - O socialismo abomina a disciplina, porém a indisciplina gera destruição, e esta, infelicidade.

9 - Não sou socialista porque as promessas socialistas, que entusiasmam as massas embrutecidas, apelam para uma menor desigualdade na partilha dos recursos e por uma liberdade para todos, mas o resultado é precisamente o inverso: aumenta a desigualdade e diminui a liberdade.

10 - O socialismo abstém-se de moralizar homens e de credibilizar instituições.

11 - Não sou socialista porque, a fim de guiar os povos, outro famoso percursor do socialismo, amante das doutrinas do liberalismo económico, Saint-Simon, funda uma espécie de cooperativa internacional, composta dos sábios do seu tempo. Mas tudo o que labora na obscuridade dos grupos internacionais, tudo o que não é claro, é de desconfiar: não oferece credibilidade nem confiança.

12 - O socialismo caracteriza-se por um anticlericalismo feroz.

13 - Não sou socialista porque, com a chegada do socialismo ao poder, aboliu-se a autoridade, garante da ordem pública, e instituiu-se em seu lugar a liberdade cujo conceito é totalmente abstrato. O resultado é o aumento da anarquia.

14 - O socialismo apoia sistematicamente a ação do indivíduo contra o Estado, e apoia ainda as forças de desagregação antinacionais.

15 - Não sou socialista porque os metafísicos socialistas têm trabalhado no sentido de abalar as crenças teológicas. No entanto, os sábios que estão no topo da pirâmide socialista não se desligam das crenças milenares, nem adotam as falsas crenças, como as que impingem às massas.

16 - O socialismo desconhece o prazer do sacrifício, o gosto do cumprimento do dever, a satisfação de vencer a privação.

17 - Não sou socialista porque o socialismo transformou as massas de produtores em consumidores. Obviamente que as massas de consumidores, graças à insustentabilidade económica, desaparecerão com o tempo. O desgaste natural dos recursos ditará o fim dos consumidores considerados inúteis.

18 - O socialismo aposta nas teorias da gratuitidade, nos facilitismos e nos subsídios de tudo para tudo e para todos.

19 - Não sou socialista porque, no topo da hierarquia da sociedade freneticamente industrial, encontram-se os banqueiros que vão acumulando todo o ouro dos povos.

20 - O socialismo, visando derrubar todas as fronteiras, promove a propaganda anarquista, ataca toda a autoridade.

21 - Não sou socialista porque o socialismo tem as suas mais tenras raízes em sociedades secretas. A conspiração para a igualdade floresceu no obscurantismo das seitas, à margem da sociedade.

22 - O socialismo anda de mãos dadas com o positivismo, com o federalismo, com o laicismo.

23 - Não sou socialista porque ambos os sistemas económicos socialistas são maus; quer o sistema egoísta, com o seu individualismo, o «laissez faire, laissez passer» (preconizado por Bastiat), a concorrência desenfreada; quer o sistema da igualdade, que quebra os elementares princípios de justiça natural. A ideia socialista de que a natureza concedeu a todos os homens igual direito a todos os bens é falsa.

24 - O socialismo denegride o heroísmo e exalta o primitivismo.

25 - Não sou socialista porque, desde o início do socialismo, a abolição da hereditariedade é para cumprir. O comunismo fê-lo por decreto; o socialismo rosa fá-lo de forma suave. Diminui o poder de compra, de forma que a propriedade privada desapareça, e, por conseguinte, nada haverá para deixar como herança à descendência. Isto é hipotecar o futuro daqueles que estão para nascer. Neste contexto, lembramos o socialista Proudhon bradando que a propriedade é um roubo, argumentado que a propriedade é injusta e impossível.

26 - O socialismo sempre falou em nome do povo, para, desta forma, tirar o poder das mãos de muitos e o concentrar nas mãos de poucos.

27 - Não sou socialista porque o socialismo corrompeu o cristianismo, e da ideia de Buchez (1796) de que o espírito cristão não está em contradição com o espírito revolucionário nasce o aberrante socialismo cristão. Assim, a autoridade e a desigualdade instituída por Deus converteram-se em liberdade e igualdade. Entende-se ainda que o espírito da fraternidade organizará a sociedade de uma forma simultaneamente cristã e democrática. E assim chegámos ao medonho Socialismo de Sacristia.

28 - O socialismo abraça todas as podridões modernas. Apoia perversidades. O aborto (e outras mais) é deplorável, é lastimável.

29 - Não sou socialista porque, sempre que se pretende realizar um plano ilegítimo, o socialista revolucionário promove uma revolução e usurpa direitos aos quais não teria acesso. A subversão, valor satânico, é premiada.

30 - O socialismo disseminou a liberdade irregulamentada, incondicional, tornando-a valor sagrado. Castra em simultâneo a liberdade para educar.

31 - Não sou socialista porque o direito ao trabalho não faz parte dos planos socialistas. Na Europa socialista, o desemprego agrava-se diariamente.

32 - O socialismo vive da ambição, do desejo do poder pelo poder.

33 - Não sou socialista porque, na corrida louca pelas transformações económicas, verdadeiro objetivo socialista, todas as medidas se justificam como por exemplo a injusta e inútil lei da paridade, que obriga as mulheres, independentemente do mérito, a ocuparem lugares de decisão. Claro que para os planos socialistas serem satisfeitos os capitalistas investem milhões, mas os ganhos da cúpula capitalista serão altamente recompensados.

34 - O socialismo matou a alma do povo; a nação adulterou-se, ceifou o corpo orgânico, marcado por interesses comuns em expansão na maravilha da unidade.

35 - Não sou socialista porque um ícone de topo socialista, Fourier, chega ao ponto de afirmar que a moral mutila inutilmente a humanidade. Defende que as paixões más são boas porque ambas derivam da vontade de Deus. Esta alucinação não poderia ser mais contrária quer à moral cristã, quer mesmo à moral pagã greco-romana.

36 - O socialismo transforma a unificadora consciência nacional na particular e conflituosa consciência de classe.

37 - Não sou socialista porque o socialismo nunca quis compreender o mundo, mas sim mudá-lo. A verdade não tem qualquer relevância para as conceções socialistas. Como a Verdade não interessa, sobra a falsidade como farol, e, logicamente, constatamos o falhanço das teorias socialistas em todas as áreas, embora normalmente só se foque a economia ruinosa. A mudança acontece para que o poder balance e se concentre noutro lugar e sirva outros interesses e outros povos. Uma coisa é certa: os europeus perderam profundamente com as conspirações socialistas. Portanto pode-se concluir que o pólo dinamizador do socialismo está algures fora da velha Europa cristã.

38 - O socialismo é uma máquina de agregação de interesses, com a finalidade de privilegiar os interesses particulares e sectários.

39 - Não sou socialista porque, com o socialismo, a sociedade afasta-se da Nação.

40 - O socialismo não evita a decadência nem a perda de vigor evolutivo.

41 - Não sou socialista porque o socialismo luta sempre pelos direitos do homem, mas nunca pelos deveres, fomentando assim exércitos de parasitas, oportunistas e vigaristas.

42 - O socialismo, agarrado ao dogma igualitário, embrutece e empobrece, fomenta o terror das massas, cria os sub-homens, tal como diz Nietzsche.

43 - Não sou socialista porque no socialismo há sempre lugar para a violência e para o extremismo. Quer o comunismo quer o anarquismo são ramificações do mesmo esgoto socialista. A mentalidade revolucionária não olha a meios para atingir fins, recorrendo ao terrorismo e ao sindicalismo, coloca bombas, faz greves gerais e revoluções, destrói o setor produtivo, faz o que calha para mudar a sociedade, a fim de que os seus objetivos sejam cumpridos.

44 - O socialismo venera a liberdade, sem definir o seu conceito. A submissão instituída à liberdade indefinida conduz ao despotismo e à anarquia. Em lugar da concórdia, instala-se a discórdia.

45 - Não sou socialista porque o antipatriotismo lhe é inerente.

46 - O socialismo promove a anomia, a desordem. A ideia abstrata de liberdade conduz a que não se respeitem os outros, mas o problema é que todos gostamos de ser respeitados.

47 - Não sou socialista porque o socialismo tende para o totalitarismo: ora concentra o poder no Estado, ora num grupo restrito de capitalistas. A ideia do imperialismo socialista esteve sempre presente: sempre os socialistas abraçaram a ideia dum federalismo europeu, e, em última escala, a ideia do Governo Único Mundial.

48 - O socialismo tem um tentáculo que descristianiza a sociedade e outro que a judaíza. O valor do amor é trocado pelo valor do ouro.

49 - Não sou socialista porque o socialismo está possuído por um radicalismo paralítico, no sentido em que castra uma evolução natural. Revolução é oposto de evolução.

50 - O socialista troca de bom grado a razão pela sensação, pela paixão e pela imaginação.

51 - Não sou socialista porque o socialismo é brando no combate ao crime. A criminalidade aumenta assustadoramente a cada dia que passa e está totalmente fora do controlo das autoridades.

52 - O socialismo produz sociedades de consumo. Sobressaem os valores materialistas e hedonistas, onde a solidariedade e a fraternidade deixam de ser marcantes. Eis mais um paradoxo, pois um lema forte do socialismo é a fraternidade.

53 - Não sou socialista porque, na realidade, todo o socialismo é ateu e materialista.

54 - O socialismo condena a xenofobia, mas fomenta a xenomania.

55 - Não sou socialista porque o socialismo tem diferentes origens sentimentais, e ambas más: ora assenta no hedonismo, ora no utilitarismo.

56 - O socialismo não garante a tranquilidade aos povos. Em vez disso, coloca-os em permanente agitação, fomentando sempre uma nova perturbação na ordem estabelecida. A opinião pública é permanentemente excitada.

57 - Não sou socialista porque alguns socialistas, embora conhecendo a verdade (escutemos o socialista inglês Ruskin: «É preciso aceitar as relações sociais e naturais de subordinação e de comando, aceitar a desigualdade»), promovem a mentira.

58 - O socialismo baniu a arte dramática, altamente libertadora e que inspira o homem superior, colocando no seu lugar a decadente comédia e o drama, que só inspiram homens rasteiros.

59 - Não sou socialista porque o socialismo sofre de contradições internas que se vão agravando até provocarem a ruína total do sistema: entre as quais, a mais que evidente contradição entre liberdade e igualdade.

60 - O socialismo deseja o progresso, o fervilhar no caos, a dinâmica desregrada e atabalhoada. Assim, alimenta os apetites mais gananciosos, aumentando as desigualdades sociais, deixando visível o paradoxo socialista.

61 - Não sou socialista porque a liberdade política é uma ideia e não uma realidade. Não há igualdade na natureza: a própria natureza estabeleceu a desigualdade dos espíritos. Os carateres e as inteligências não são iguais entre os homens. As leis da criação estabeleceram a subordinação.

62 - O socialismo investe em todas as emancipações, alienando, dessa forma, os indivíduos das suas obrigações naturais. O incumprimento do dever arrasta as pessoas para a miséria, se não económica, certamente social. O ser independente em relação à realidade não é um bem, é um mal.

63 - Não sou socialista porque a liberdade transforma as pessoas em bestas, porque, sem a noção de Bem, estas colocam em evidência os piores instintos.

64 - O socialismo é claramente um movimento desagregador de famílias. Pode-se verificar isso na alta taxa de divórcios em comparação ao número cada vez mais reduzido de casamentos. Desde a instalação do feminismo e das emancipações atribuídas às mulheres, foi destruído o verdadeiro significado da família. Perpetuam-se, assim, as indesejáveis perturbações familiares.

65 - Não sou socialista porque, na sociedade socialista, a corrupção faz parte natural do sistema: todos convivem relativamente bem com os delitos contra o bem-comum e contra o Estado.

66 - O socialismo combate Deus, a Pátria e a Família; mas, fora destas realidades, não há prosperidade nem plenitude.

67 - Não sou socialista porque em tal teoria se abusa do recurso a empréstimos, aumentando exponencialmente a dívida externa, comprometendo assim a independência das nações e o futuro dos nossos filhos.

68 - O socialismo fala em nome do povo e manipula-o conforme os seus objetivos, mas o conjunto de pessoas que formam o povo tem pensamentos e necessidades muito diferentes.

69 - Não sou socialista porque o socialismo traçou a meta da mudança e do progresso, mas o fim poucos sabem qual é.

70 - O socialismo nutre o maior desprezo pela fidelidade, que é a fonte do respeito, de obediência e da felicidade, sustentada pela força positiva da aliança.

71 - Não sou socialista porque o socialismo recorre sempre ao argumento do sistema que se funda na vontade de todos para que seja possível o proveito de alguns.

72 - O socialismo prefere a paixão e a imaginação, secundarizando a razão e a verdade.

73 - Não sou socialista porque ministrar um ensino público sem religião e sem Deus é destruir uma civilização. Sobra a incompetência, o imoralismo, a deseducação, a mentira.

74 - O socialismo, agarrado ao positivismo, descartou-se do valor das coisas: a qualidade foi desprezada, chegou o relativismo, turva-se a verdade.

75 - Não sou socialista porque o socialismo promove a aculturação, de onde resulta a descaracterização dos povos e a perda irremediável da genuinidade, para além de quebrar as afinidades entre os indivíduos, produzindo assim a morte das culturas originais e a infelicidade das pessoas.

76 - O socialismo aderiu a todas as ruturas com todas as verdades eternas herdadas dos nossos ancestrais.

77 - Não sou socialista porque o socialismo favorece a apatia política, a indiferença, a desesperança, o conformismo, onde quem não se manifesta contra é considerado a favor do seu sistema.

78 - O socialismo subordina o homem à máquina, instituiu a competição e destruiu a fidelidade que garantia a união das pessoas.

79 - Não sou socialista porque no socialismo a vida não tem sentido transcendente: só resta a mediocridade espiritual.

80 - O socialismo só aceita a cultura política socialista. Daqui resulta um único padrão de orientação de massas, não de acordo com o bem, mas sim com o interesse. É o chamado pensamento politicamente correto.

81 - Não sou socialista porque a tolerância que o socialismo apregoa origina que as leis não se cumpram devidamente. O injusto triunfa assim sobre o justo.

82 - O socialismo domina e manipula as massas pela emoção e pela moda, levando ao desaparecimento da moralidade.

83 - Não sou socialista porque a ética socialista é a da convicção: incita cada um a agir sem se preocupar com as consequências, diz para vivermos como pensamos, sem pensar como vivemos.

84 - O socialismo recorre à lavagem cerebral das massas, através das instâncias de socialização (principalmente os órgãos de comunicação social e o ensino público), inculcando assim as suas convicções e contravalores, sempre para proveito de poucos, mas para prejuízo de muitos.

85 - Não sou socialista porque o socialismo, na demanda da igualdade, opõe-se a toda a hierarquia; mas sem hierarquia é impossível a ordem.

86 - O socialismo cria artificialmente necessidades nos indivíduos, de forma a conservá-los eternamente insatisfeitos. Desta forma se potencia o consumismo e se conserva a mentalidade revolucionária.

87 - Não sou socialista porque o socialismo é um totalitarismo encapotado - quer moldar o mundo à sua imagem, diz-se democrático mas não tolera partidos reacionários: todos são obrigados a aceitar as mudanças revolucionárias.

88 - O socialismo seculariza, substitui o sagrado e o misticismo por padrões pragmáticos e utilitários, desordenando assim o mundo; porém no caos não há felicidade.

89 - Não sou socialista porque o socialismo promove o multiculturalismo e a globalização. Consequentemente, cresce o desentendimento entre raças e etnias, o que dá origem a um mau estar social no início e, mais tarde, possivelmente, a indesejadas guerras civis.

90 - O socialismo, onde se instala, conduz uma boa parte da população à depressão e ao suicídio. Portugal tem 1 milhão de pessoas em depressão, e o suicídio é a oitava causa de morte.

91 - Não sou socialista porque o socialismo institui políticas antinatalidade, que levam à extinção dos povos. Isto reflete-se na organização das famílias e da sociedade. Por exemplo, são inadmissíveis os altos custos que exigem os infantários por cada criança. Estes impedem os casais submetidos ao socialismo de ter filhos.

92 - O socialismo investiu contra o homem europeu. Infelizmente, testemunhamos a deseuropeização do homem europeu, a desportuguesação dos portugueses, e por aí fora. Perdem-se as identidades, as tradições e o património cultural e civilizacional. Na Europa socialista, os europeus estão desenraizados.

93 - Não sou socialista porque o socialismo destruiu a hierarquia dentro do lar, o que provoca o fim da família. Uma vez que é impossível conviver em tal ambiente anárquico, só restam duas saídas: ou a violência doméstica baseada na lei do mais forte, ou o divórcio para evitar violências maiores.

94 - O socialismo tende a abolir a propriedade privada. Os filhos não herdarão nada dos seus pais. Neste momento, já é visível esta realidade. As pessoas estão cada vez mais desprovidas de bens e não têm poder de compra para os adquirir. Terão ainda de vender o pouco que têm para poder sobreviver.

95 - Não sou socialista porque o socialismo engendrou o feminismo, que é um movimento subversivo apoiado na luta de sexos, para o domínio da classe feminina. A consequência é o desequilíbrio e a instabilidade familiar, obrigando homem e mulher a competirem, em vez de se complementarem.

96 - O socialismo incentiva a imigração ilegal, direta ou indiretamente, aumentando assim o lucro dos patrões e aumentando também a taxa de desemprego.

97 - Não sou socialista porque o socialismo alimenta o individualismo, subordinando assim o interesse geral à conveniência particular. Coincide com o egoísmo, no plano moral. Como consequência, aumentam as desigualdades sociais devido ao princípio injusto do «vale tudo».

98 - O socialismo trouxe a degradação dos bons costumes. Acabou o respeito, aumentou a falta de educação, medrou a ordinarice.

99 - Não sou socialista porque o socialismo fomenta o endividamento familiar para dinamizar a economia. Contudo, além de não resolver o problema económico, provoca ainda danos familiares irreparáveis.

100 - O socialismo alimenta-se de dois tipos de repúblicas: a dos bananas e a dos sacanas.

 

Fonte: http://hispanismo.org/politica-y-sociedad/10237-porque-nao-sou-socialista-100-razoes-para-nao-ser-socialista.html


Documentário Agenda

Quem ainda não teve a impressão de que a nossa sociedade está a desmoronar e já nada funciona bem? Então, donde vêm as ideias que estão a destruir a nossa sociedade? Quem é que está a «mover os cordelinhos» para isto estar assim?

O documentário Agenda responde de forma clara.


Lista de 45 metas (já atingidas ou em adiantado estado de cumprimento), elaborada em 1958, por Cleon Skonsen, na obra O Comunista Despido

25/09/2013

Cão no liberalismo e cão no socialismo

Cão no liberalismo e cão no socialismo

Um cão sem dono passa junto da grade metálica do jardim de uma casa. Do outro lado dos ferros, um outro cão vem cumprimentá-lo. Cheiram-se e começam a ladrar um com o outro.

Ladra o cão sem dono:

– Amigo, como a nossa vida é tão desigual! Ainda dizem que existe igualdade!

Responde o outro cão por entre os grossos ferros da grade:

– Tens razão, amigo. Quem me dera a tua vida! Nem sabes a sorte que tens em seres um cão livre!

– Como ladras tu que tenho sorte em ser livre? – contestou o cão sem dono. – Vê-se bem que não conheces a minha vida. Não admira: não te deixam sair daí para conheceres o mundo.

Olha, não vivo num paraíso. Quando quero comer, tenho de procurar comida. Se não puder comer comida melhor, desenrasco-me como posso. Quando estou doente, procuro umas ervinhas medicinais que sei que, pelo menos, não fazem mal nenhum. Se me quiserem abater ou prender num canil, fujo. Já tive vários donos (se é que os posso chamar de donos) e, quando que não estou satisfeito com um, mudo para outro. Já ouvi ladrar de cães mais espertos ou que têm mais sorte do que outros. Como sou muito respeitador dos bons costumes, tento não arranjar brigas com outros cães. Eles têm direito de se governarem, como eu. Somos todos diferentes e é assim que temos de viver. É a lei da vida!

Responde o outro cão por trás das grades:

– Pois, a mim, o dono só me deixa fazer o que ele quer. Raramente saio desta casa luxuosa, desta grande obra; mas, quando saio, vou preso com uma trela muito curta. O meu dono faz grandes festas em casa, mas só me dá a comida que me quer dar. Quando estou doente, só me leva ao veterinário se entender que vale a pena para ele, senão manda-me abater. Fui domado desde pequeno para ser mera propriedade dele e não tenho direito à minha individualidade. Sempre que ele pensa que me comporto de forma estranha, sou submetido a treino intensivo e a medicação para mudar a minha maneira de ser. Até a nossa reprodução é controlada pelos donos. Já ouvi o meu dono a dizer que estou a ficar velho e que me vai mandar abater. Só me resta esperar que não doa muito! Alguns nem essa sorte têm porque são abatidos quando ainda estão no útero das cadelas e outros são abatidos quando acabam de nascer… É a lei da morte!


10/09/2013

MANUAL DO SOCIALISMO

Manual do socialismo — História, ideologia e estratégias
O essencial que todos precisam de saber

Índice

  1. Introdução
    1. Pequeno dicionário
    2. Direita ≠ Esquerda
    3. O que é o socialismo?
    4. Fases do socialismo
  2. Raízes do socialismo
    1. Deturpação do cristianismo
    2. Processo revolucionário
  3. Socialismo utópico
  4. Socialismo «científico»
  5. Sociedade Fabiana (socialismo fabiano)
  6. Socialismo real
    1. Marxismo-leninismo
      1. Aspetos mais significativos do socialismo real
    2. Nacional-Socialismo
      1. Fascismo
      2. Socialismo árabe, africano, latino-americano…
  7. Revolução cultural
    1. Subversão ideológica
    2. Marxismo cultural
      1. Antonio Gramsci
      2. Teologia da Libertação
      3. Escola de Frankfurt
        1. Principais intelectuais da Escola de Frankfurt e respetivas obras / ideias
        2. Principais influências da Escola de Frankfurt

Ficheiro externo
Manual do socialismo - História, ideologia e estratégias. Ficheiro PDF, para descarregar e visualizar em modo de «tela cheia». Serve para fazer apresentações e palestras para grupos de estudo.

Pequeno dicionário

1
Introdução

Pequeno dicionário

  • Socialismo / comunismo = ideologia da esquerda.
  • Marxismo — Ideologia de Karl Marx e dos seus seguidores.
  • Ideologia marxiana — Ideologia do próprio Karl Marx.
  • Reacionário — Alcunha esquerdista para quem não alinha como revolucionário. Reação ≠ revolução.
  • Categorias de esquerdistas:
    • Secretário-geral / «Grande Timoneiro»;
    • Militantes e simpatizantes;
    • Camaradas e companheiros de viagem;
    • Idiotas úteis — Pessoas enganadas, utilizadas para fazerem a revolução cultural / subversão ideológica. São, normalmente, eliminadas na fase da ditadura socialista (contra a qual continuariam a lutar, considerando-a «fascista» ou de «direita»)!
  • Patrulhamento ideológico — Estratégia de destruição ideológica de opositores.
  • Teoria da conspiração — Na perspetiva esquerdista, designa as ideias e as estratégias que desmentem a esquerda.
  • Anti-intelectualismo / genocídio cultural — Prática esquerdista de destruição da restante cultura, para estabelecer a hegemonia da cultura de esquerda.
  • Centralismo democrático — Terminada a votação dentro do partido (só sendo admitidas ideias de esquerda!), é proibida a contestação ao que foi votado.
  • Fascismo / fascista:
    • Regime político do socialista italiano Benito Mussolini;
    • Alcunha atribuída pelos esquerdistas a tudo o que decidem combater. Outras alcunhas: reacionário, contrarrevolucionário, (extrema-) direita, capitalista, liberal, neoliberal, burguês, inimigo do povo, filisteu…
  • Politicamente correto — Estratégia para destruir qualquer oposição ao avanço do marxismo cultural.
  • Social-democracia — A nível internacional, é o nome da ideologia dos partidos socialistas designados sociais-democratas. (Ex.: SPD - Partido Social Democrata alemão.) (Em Portugal, esta designação não se aplica.)

Direita ≠ Esquerda

Esquerda = SINISTRA (em latim). > Sinistro, sinistralidade.

Direita — «estrada direita», «sentar-se à direita».


Na perícope do Juízo Final, os da DIREITA são os que vão para o Céu, e os da ESQUERDA são os que vão para o Inferno.

Na tradição cristã, a DIREITA é o caminho do bem e da luz, enquanto a ESQUERDA é o caminho do mal e das trevas.

A designação de «esquerda» no sentido político surgiu na época da Revolução Francesa. Como os apoiantes das ideias revolucionárias eram de trato difícil, acabaram por se sentar à esquerda do rei, e os restantes à direita.


O que é o socialismo?

Socialismo é um conjunto de ideologias e de estratégias para possuir o poder absoluto (mundial)
  1. Para ter o poder absoluto, é preciso destruir ou dominar todos os outros poderes. Só pode haver um absoluto!
  2. Para ter o poder absoluto, é preciso dominar a consciência e o comportamento das pessoas: derrubar a religião e a moral / ética e praticar engenharia social (mudança de mentalidades e de comportamentos).
  3. No socialismo, não há distinção entre certo e errado, verdade e mentira ou bonito e feio — o que interessa é o que ajuda ou prejudica a tomada do poder e a sua manutenção. A ideologia prevalece sobre a realidade!
  4. O socialismo é um messianismo político e uma mentalidade revolucionária (progressismo) — apregoa a rutura com o passado e o projeto de uma nova sociedade e de um «homem novo». Um revolucionário é um revoltado contra «tudo», menos contra ele próprio!

A moral socialista

«Se queremos aniquilar uma nação, devemos aniquilar antes a sua moral. Logo, esta nação cairá no nosso regaço como fruto maduro.»

«Usaremos o ‘idiota útil’ na linha da frente. Incitaremos o ódio de classes. Destruiremos a sua base moral, a família e a espiritualidade. Comerão as migalhas que caírem das nossas mesas. O Estado será Deus.»

(Vladimir Ilitch Lenine)

«A civilização só pode ser salva pela revolução socialista. Para realizar essa transformação completa, o proletariado necessita de todas as suas forças, de toda a sua determinação, de toda a sua audácia, de toda a sua paixão implacável. Sobretudo, deverá estar totalmente liberto das ficções da religião, da ‘democracia’ e da moral transcendental, que são outras tantas cadeias forjadas pelo inimigo para o dominar e o reduzir à escravidão. Só é moral aquilo que prepara o proletariado para o derrube total e definitivo da bestialidade capitalista, e nada mais. A salvação da revolução — eis a lei suprema.»

(Lev Trotsky, Moralistas e sicofantas contra o marxismo)


Fases do socialismo

1.ª 2.ª 3.ª
Revolução Ditadura Comunismo
Estratégia 1:
  • Revolução armada;
  • guerrilha;
  • golpe de Estado…
Estratégia 2:
  • Subversão ideológica;
  • revolução cultural;
  • guerra psicológica;
  • guerra de posições / ocupação de espaços;
  • engenharia social / transformação social…
  • Ditadura do proletariado;
  • ditadura democrática;
  • Estado operário;
  • normalização;
  • hegemonia;
  • Governo mundial;
  • Estado federal mundial;
  • nova ordem mundial;
  • consenso…

Fase (nunca atingida) em que o Estado se dissolveria e deixaria de existir.

Superação da divisão da sociedade em classes.

Propriedade coletiva dos meios de produção.

– Promessa de um futuro paradisíaco na terra, que continuará sempre a ser futuro!


Apenas alguns autores esquerdistas...

Adolph Abramovich Joffe (1883-1927), Agildo Barata (1905-1968), Ahmed Messali Hadj (1898-1974), Albert Einstein (1879-1955), Alexandra Kollontai (1872-1952), Alexei N. Leontiev (1904-1979), Álvaro Cunhal (1913-2005), Amadeo Bordiga (1889-1970), Anastas Mikoian (1895-1978), André Breton (1896-1966), Andrei Zhdanov (1896-1948), Andreu Nin (1892-1937), Anton Pannekoek (1873-1960), Antonio Gramsci (1891-1937), Arthur Ramette (1897-1988), Astrojildo Pereira (1890-1965), Carlos Marighella (1911-1969), Chris Harman (1942-2009), Clara Campoamor (1888-1972), Clara Zetkin (1857-1933), Daniel Bensaid (1946-2010), Daniel de Leon (1852-1914), Daniel Guérin (1904-1988), David Riazanov (1870-1938), Diógenes Arruda (1914-1979), Dolores Ibarruri (1895-1989), Duncan Hallas (1925-2002), Edward Palmer Thompson (1924-1993), Emilian Iaroslavski (1878-1943), Enver Hoxha (1908-1985), Ernest Mandel (1923-1995), Ernesto Che Guevara (1928-1967), Errico Malatesta (1853-1932), Evgeny Pashukanis (1891-1???), Friedrich Engels (1820-1895), Fúlvio Abramo (1909-1993), Georg W. Friedrich Hegel (1770-1831), George Novack (1905-1992), Georgi Mikhailovich Dimitrov (1882-1949), Gracchus Babeuf (1760-1797), Gueórgui Malenkov (1902-1988), Guiorgui V. Plekhanov (1856-1918), György Lucáks (1885-1971), Helmut Wagner (1904-1989), Henri Wallon (1870-1962), Henryk Grossman (1881-1950), Herbert Marcuse (1898-1979), Hermínio Sacchetta (1909-1982), Ho Chi Minh (1890-1969), James Connolly (1868-1916), James Patrick Cannon (1890-1974), Jean Van Heijenoort (1912-1986), Jean-Paul Sartre (1905-1980), Joanny Berlioz (1892-1965), João Amazonas (1912-2002), Joaquim C. Ferreira (1913-1960), John Reed (1887-1920), Jorge Abelardo Ramos (1921-1994), Jorge Enea Spilimbergo (1928-2004), José Carlos Mariátegui (1894-1930), Joseph R. Starobin (1913-1976), Joseph V. Stalin (1879-1953), Karl Kautsky (1854-1938), Karl Korsch (1886-1961), Karl Liebknecht (1871-1919), Karl Marx (1818-1893), Klement Gottwald (1896-1953), Kliment Vorochilov (1881-1969), Lavrentiy Beria (1899-1953), Lazar Kaganovitch (1893-1991), Leon Trotsky (1879-1940), Leonid Brezhnev (1906-1982), Lev Vygotsky (1896-1934), Liu Chao-Tsi (1898-1969), Louis Althusser (1918-1990), Lucien Sève (1926-...), Luiz Carlos Prestes (1898-1990), Mao Zedong (1893-1976), Marguerite Bonnet (1920-1965), Maurice Thorez (1900-1964), Maurício Grabois (1912-1973), Maxim Saburov (1900-1977), Mikhail Bakunin (1814-1876), Mikhail Ivanovich Kalinin (1875-1946), Mikhail Pervukhin (1904-1978), Mikhail Suslov (1902-1982), Molotov (1890-1986), Nadezda Krupskais (1869-1939), Nahuel Moreno (1924-1987), Natalia Trotsky (1882-1962), Nikita Khrushchev (1894-1971), Nikolai Bukharin (1888-1938), Nikolai Bulganin (1895-1975), Ossip Piatnitsky (1882-1938), Otto Rühle (1874-1943), Palmiro Togliatti (1893-1964), Paul Lafargue (1841-1911), Paul Mattick (1904-1981), Pedro Pomar (1913-1976), Pierre Bruoué (1926-2005), Rajani Palme Dutt (1896-1974), Rosa Luxemburgo (1871-1919), Salvador Allende (1908-1973), Samora Machel (1933-1986), Ta ThuThau (1906-1945), Victor Serge (1890-1947), Vladimir I. Lenine (1870-1924), etc..


Raízes do socialismo

2
Raízes do socialismo

Quem foi o primeiro esquerdista / socialista?

«Para que não esqueçamos pelo menos um reconhecimento por cima do ombro ao primeiro verdadeiro radical de todas as nossas lendas, mitologia e história (e quem é que sabe onde a mitologia termina e a história começa — ou qual é qual?), o primeiro radical conhecido pelo homem que se rebelou contra a ordem estabelecida e fez isso de forma tão eficaz que ganhou pelo menos o seu próprio reino – Lúcifer.»

(Saul D. Alinsky, Regras para radicais, 1.ª edição)

«Vós sois do pai Diabo, e quereis satisfazer os desejos do vosso pai. Ele era homicida desde o princípio, e não estava na verdade, porque não há verdade nele. Quando fala mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso e pai dela.»

(Jo 8, 44)

«A arte de enganar as massas, a fazer as coisas na própria desvantagem delas e a fazê-las acreditar que é ‘a vontade do povo’, é tão antiga como a própria humanidade. (…)

500 anos antes de Cristo, o estratega militar chinês Sun Tzu formulou o princípio de subversão desta forma:

'1. Cubra com o ridículo todas as tradições válidas no país do seu oponente.

2. Implique os líderes deles em matéria penal, e entregue-os ao escárnio da sua população na hora certa.

3. Interrompa o trabalho do Governo deles por todos os meios.

4. Não afaste o auxílio dos indivíduos [socialmente] mais baixos e mais desprezíveis do país do seu inimigo.

5. Espalhe desunião e disputa entre os cidadãos.

6. Vire o jovem contra o velho.

7. Seja generoso com promessas e recompensas aos colaboradores e cúmplices.'»

(Tomas D. Schuman, Carta de amor à América)


Deturpação do cristianismo

O socialismo é uma «fotocópia» deturpada do cristianismo, principalmente da religião católica, em vários aspetos:

  • A vinda do Messias / Cristo, o Salvador da humanidade – o Estado-providência, que «resolve» todos os problemas da sociedade.
  • A promessa de um paraíso futuro, pelo qual é preciso «lutar» durante a vida – a «causa socialista» e a «nova sociedade».
  • Deus (a «ciência», a «democracia», o partido / Estado, a «causa socialista») como fonte da verdade.
  • Unidade da Igreja Católica (o partido / Estado).
  • A Igreja como «corpo místico» de Cristo – o «homem coletivo».
  • A submissão à vontade de Deus (o partido / Estado) como sendo liberdade.
  • A excomunhão dos «membros» prejudiciais à Igreja – expurgos.
  • A posse comum dos bens (ordens religiosas) – o comunismo.
  • O «homem novo».
  • O clero (o partido / a nomenclatura / o politburo) e os leigos (as massas).
  • Etc..

Processo revolucionário

  • Gnosticismo: a ideia de que o mundo é mau e de que a libertação se faz por um «conhecimento» superior — negação da realidade e fuga para a ideologia.
  • Renascimento: «O homem é a medida de todas as coisas». (Qual homem? — O rei, o príncipe…).
  • Protestantismo.
  • Monarquias absolutas, despotismo iluminado e mercantilismo.
  • Sociedades secretas (maçonaria, illuminati…) e ocultismo.
  • Liberalismo francês: «razão» vs. realidade.
  • Revolução Francesa (1789) (Robespierre — Napoleão).
  • Filosofia alemã (Kant, Hegel, etc.).
  • Ideologias cientificistas e determinismo social (darwinismo, positivismo…).

Socialismo utópico

3
Socialismo utópico

Os teóricos do socialismo utópico têm ideias diferentes e propõem soluções diversas.

Alguns dados comuns:

  • Ataque à religião (tradicional);
  • Reformismo / progressismo - Tentativas de reformar a sociedade e de implantar uma nova ordem social, destruindo a ordem tradicional;
  • Tentativas filantrópicas e paternalistas - Melhoria de alojamentos e higiene, construção de escolas, aumento de salários, redução de horas de trabalho…

François Marie Charles Fourier (7/4/1772 - 10/10/1837).

  • Criador das falanges ou falanstérios, grandes construções habitadas por comunidades autossuficientes (até 1600 pessoas), onde cada um trabalharia conformes as suas paixões e vocações. (Ideia inspirada nos mosteiros!)
    • Todos esses projetos falharam. Em geral, só funcionavam 2 ou 3 anos no máximo!
    • Inspiração para os kibutzim, empreendimentos agrícolas coletivizados israelitas (que já se renderam ao capitalismo!).

Pierre-Joseph Proudhon (15/1/1809 - 19/1/1865).

  • Anarquista: defendia uma sociedade sem autoridade.
    • «Aquele que puser as mãos sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu declaro-o meu inimigo!»
    • «Propriedade é roubo».
    • «Anarquia é ordem».

Mikhail Aleksandrovitch Bakunin (30/5/1814 - 1/7/1876).

  • Foi um dos principais expoentes do anarquismo, em meados do século XIX.
    • «A paixão pela destruição é uma paixão criativa.»
    • «Se você pegar no mais ardente revolucionário e o investir de poder absoluto, dentro de um ano ele será pior que o próprio Czar.»

Claude-Henri de Rouvroy, Conde de Saint-Simon (17/10/1760 - 19/5/1825).

  • Previa uma sociedade formada basicamente por cientistas e industriais.
  • Lema: «A cada um segundo a sua capacidade, a cada capacidade segundo o seu trabalho».

Robert Owen (14/5/1771 - 17/11/1858).

  • Fundador da New Harmony (Nova Harmonia), nos Estados Unidos, uma experiência de vida comunitária rapidamente fracassada.
  • Defendia que as pessoas são produtos da hereditariedade e do ambiente, não sendo responsáveis pela sua vontade nem pelas suas ações, devendo ser modificadas pela escola.

Socialismo «científico»

4
Socialismo «científico»

(Karl Marx e Friedrich Engels)


Karl Heinrich Marx (5/5/1818 - 14/3/1883).

  • Máxima referência ideológica do socialismo.
  • Judeu satanista, «monstro notável (…), cheio de ira e como se quisesse agarrar a vasta tenda do céu e lançá-la sobre a terra. Estende os braços no ar; o punho perverso está fechado; enfurece-se sem cessar, como se dez mil demónios fossem agarrá-lo pelos cabelos». (F. Engels)
  • Devido ao seu caráter profundamente revolucionário, criava conflitos ideológicos com as autoridades e era expulso dum país para outro.

«Desejo vingar-me d'Aquele que governa lá em cima.»


Friedrich Engels (28/11/1820 - 5/8/1895).

  • Colaborador de Karl Marx.
  • Começou por ser um jovem muito religioso, mas, acabando por perder a fé, foi virado para o socialismo por Moses Hess (21/6/1812 - 6/4/1875). (O mesmo Moses Hess também já tinha virado Karl Marx para o socialismo.)

Resumo da ideologia marxiana

  • Materialismo dialético: tese + antítese = síntese;
  • Materialismo histórico: História como luta de classes, oposição entre classes opressoras e classes oprimidas;
  • Revolução violenta, para implantar a ditadura do proletariado e alcançar depois o comunismo universal (sociedade futura sem classes e propriedade coletiva dos meios de produção);
  • Fim da alienação humana;
  • Teoria da práxis;
  • Superestrutura e infraestrutura;
  • Valor supremo do trabalho.
Superestrutura

Estrutura jurídico-política, representada pelo Estado e pelo direito;

Estrutura ideológica, referente às formas de consciência social, como a religião, a educação, a filosofia, a ciência, a arte, as leis.

Infraestrutura Sociedade civil - Base material de produção.

Karl Marx (2)

Pressuposto darwinista do socialismo

«Já alguns anos antes de 1845 estávamos ambos [Marx e Engels] a aproximar-nos gradualmente desta proposição que, na minha opinião, está destinada a fazer pela história o que a teoria de Darwin fez pela biologia.»

«Na minha maneira de ver, está vocacionado para fundamentar na ciência da história o mesmo progresso que a teoria de Darwin fundamentou na ciência da natureza».

(F. Engels, Prefácio e notas de rodapé do Manifesto do Partido Comunista)

«As classes e as raças demasiadamente fracas para conduzir as novas condições de vida devem deixar de existir.»

«Devem perecer no holocausto revolucionário.»

(Karl Marx, in Jornal do Povo e Jornal da História das Ideias)


«A história de toda a sociedade até aqui é a história de lutas de classes. (...) Em suma, opressores e oprimidos estiveram em constante oposição uns aos outros, travaram uma luta ininterrupta, ora oculta ora aberta, uma luta que de cada vez acabou por uma reconfiguração revolucionária de toda a sociedade ou pelo declínio comum das classes em luta. (...)

A sociedade toda cinde-se, cada vez mais, em dois grandes campos inimigos, em duas grandes classes que diretamente se enfrentam: burguesia e proletariado. (...)

A burguesia moderna é ela própria o produto de um longo curso de desenvolvimento, de uma série de revolucionamentos no modo de produção e de intercâmbio.

Cada um destes estádios de desenvolvimento da burguesia foi acompanhado de um correspondente progresso político. (...)

O moderno poder de Estado é apenas uma comissão que administra os negócios comunitários de toda a classe burguesa. (...)

A burguesia, pela sua exploração do mercado mundial, configurou de um modo cosmopolita a produção e o consumo de todos os países. (...) Pelo rápido melhoramento de todos os instrumentos de produção, pelas comunicações infinitamente facilitadas, arrasta todas as nações, mesmo as mais bárbaras, para a civilização. (...) Numa palavra, ela cria para si um mundo à sua própria imagem. (...)

Para o seu lugar entrou a livre concorrência, com a constituição social e política a ela adequada, com a dominação económica e política da classe burguesa. (...)

Basta mencionar as crises comerciais que, na sua recorrência periódica, põem em questão (...) a existência de toda a sociedade burguesa. (...)

Nas crises irrompe uma epidemia social (...). Porque ela possui demasiada civilização, demasiados meios de vida, demasiada indústria, demasiado comércio. (...)

E como a burguesia triunfa das crises? Por um lado, pela aniquilação forçada de uma massa de forças produtivas; por outro lado, pela conquista de novos mercados e pela exploração mais profunda de antigos mercados. (...)

A concorrência crescente dos burgueses entre si e as crises comerciais que daqui decorrem tornam cada vez mais oscilante o salário dos operários; o melhoramento incessante da maquinaria, que cada vez se desenvolve mais depressa, torna toda a sua posição na vida cada vez mais insegura. (...)

Centralizar as muitas lutas locais, por toda a parte com o mesmo caráter, numa luta nacional, numa luta de classes.

Mas toda a luta de classes é uma luta política. (...)

Os estados médios (...) combatem a burguesia para assegurar, face ao declínio, a sua existência como estados médios. Não são, pois, revolucionários, mas conservadores. Mais ainda, são reacionários: procuram fazer andar para trás a roda da História. (...)

O proletário está desprovido de propriedade (...). O trabalho industrial moderno, a subjugação moderna ao capital (...) tirou-lhe todo o caráter nacional. As leis, a moral, a religião são para ele outros tantos preconceitos burgueses, atrás dos quais se escondem outros tantos interesses burgueses. (...)

O proletariado, a camada mais baixa da sociedade atual, não pode elevar-se, não pode endireitar-se, sem fazer ir pelos ares toda a superestrutura das camadas que formam a sociedade oficial. (...)

Seguimos de perto a guerra civil mais ou menos oculta no seio da sociedade existente até ao ponto em que rebenta numa revolução aberta, e o proletariado, pelo derrube violento da burguesia, funda a sua dominação. (...)

A condição essencial para a existência e para a dominação da classe burguesa é a acumulação da riqueza nas mãos de privados, a formação e multiplicação do capital. (...)

O objetivo mais próximo dos comunistas é o mesmo do que o de todos os restantes partidos proletários: formação do proletariado em classe, derrube da dominação da burguesia, conquista do poder político pelo proletariado. (...)

Abolição da propriedade burguesa. (...) Supressão da propriedade privada.

O capital é um produto comunitário (...); não é, portanto, um poder pessoal; é um poder social, (...) pertencente a todos os membros da sociedade. (...)

O cessar da cultura de classe é idêntico ao cessar da cultura em geral. (...)

Supressão da família! (...) Sobre que assenta a família atual, a família burguesa? Sobre o capital, sobre o proveito privado. (...)

Suprimir a exploração das crianças pelos pais (...).

À medida que é suprimida a exploração de um indivíduo por outro, é suprimida a exploração de uma nação por outra. Com a oposição das classes no interior da nação cai a posição hostil das nações entre si. (...)

Que prova a história das ideias senão que a produção espiritual se reconfigura com a da material? As ideias dominantes de um tempo foram sempre apenas as ideias da classe dominante. (...) O comunismo abole as verdades eternas, abole a religião, a moral. (...)

1. Expropriação da propriedade fundiária e emprego das rendas fundiárias para despesas do Estado.

2. Pesado imposto progressivo.

3. Abolição do direito de herança.

4. Confiscação da propriedade de todos os emigrantes e rebeldes.

5. Centralização do crédito nas mãos do Estado, através de um banco nacional com capital de Estado e monopólio exclusivo.

6. Centralização do sistema de transportes nas mãos do Estado.

7. Multiplicação das fábricas nacionais, dos instrumentos de produção, arroteamento e melhoramento dos terrenos de acordo com um plano comunitário.

8. Obrigatoriedade do trabalho para todos; instituição de exércitos industriais, em especial para a agricultura.

9. Unificação da exploração da agricultura e da indústria, atuação com vista à eliminação gradual da diferença entre cidade e campo.

10. Educação pública e gratuita de todas as crianças. Eliminação do trabalho das crianças nas fábricas na sua forma hodierna. Unificação da educação com a produção material, etc..

Desaparecidas no curso de desenvolvimento as diferenças de classes e concentrada toda a produção nas mãos dos indivíduos associados, o poder público perde o caráter político. Em sentido próprio, o poder político é o poder organizado de uma classe para a opressão de uma outra. Se o proletariado na luta contra a burguesia necessariamente se unifica em classe, por uma revolução se faz classe dominante e, como classe dominante, suprime violentamente as velhas relações de produção; então suprime juntamente com estas relações de produção as condições de existência da oposição de classes, as classes em geral, e, com isto, a sua própria dominação como classe.

(...) Por toda a parte os comunistas apoiam todo o movimento revolucionário contra as situações sociais e políticas existentes. (...) Declaram abertamente que os seus fins só podem ser alcançados pelo derrube violento de toda a ordem social até aqui. Podem as classes dominantes tremer ante uma revolução comunista! Nela, os proletários nada têm a perder a não ser as suas cadeias. Têm um mundo a ganhar.

Proletários de todos os países, uni-vos!»

(Karl Marx e F. Engels, Manifesto do Partido Comunista)

«O proletário só pode libertar-se suprimindo toda a propriedade privada em geral. (...)

Na situação da indústria têm-se produzido continuamente oscilações entre períodos de prosperidade e períodos de crise, e quase regularmente (...).

Torna-se imprescindível uma organização completamente nova da sociedade em que a produção industrial não seja mais dirigida por uns ou outros fabricantes em competição uns com os outros, mas por toda a sociedade sob um determinado plano e em conformidade com as necessidades de todos os membros da sociedade. (...)

Assim, a propriedade privada deve também ser abolida e ocuparão o seu lugar o usufruto coletivo de todos os instrumentos de produção e distribuição dos produtos de comum acordo, o que se chama comunidade de bens. (...)

[A revolução] estabelecerá, em primeiro lugar, um regime democrático e, portanto, diretamente ou indiretamente, a dominação política do proletariado. (...)

1) Restrição da propriedade privada mediante o imposto progressivo, o alto imposto sobre as heranças, a abolição do direito de herança nas linhas laterais (irmãos, sobrinhos, etc.), empréstimos forçados, etc..

2) Expropriação gradual dos proprietários agrícolas, fabricantes, proprietários de ferrovias e navios, em parte com a ajuda da concorrência por parte da indústria estatal, em parte, de modo direto, com indemnização alocada.

3) Confisco dos bens de todos os emigrantes e rebeldes contra a maioria do povo.

4) Organização do trabalho e ocupação dos proletários em fazendas, fábricas e oficinas nacionais, com que se eliminará a concorrência entre os trabalhadores, e os fabricantes que ficam terão de pagar salários tão altos como o Estado.

5) Igual dever obrigatório de trabalho para todos os membros da sociedade até à completa abolição da propriedade privada. Formação de exércitos industriais, especialmente para a agricultura.

6) Centralização dos créditos e da banca nas mãos do Estado através do banco nacional, com capital do Estado. Encerramento de todos os bancos privados.

7) Aumento do número de fábricas, oficinas, ferrovias e navios nacionais, cultivo de todas as terras que estão sem lavrar e melhoria do cultivo das outras terras em consonância com o aumento dos capitais e do número de trabalhadores de que a nação dispõe.

8) Educação de todas as crianças em estabelecimentos estatais e a cargo do Estado, a partir do momento em que podem dispensar o cuidado da mãe. Combinar a educação com o trabalho fabril.

9) Construção de grandes palácios nas fazendas do Estado para que sirvam de habitação às comunas de cidadãos que trabalham na indústria e na agricultura e unam as vantagens da vida na cidade e no campo, evitando assim o caráter unilateral e os defeitos de uma e de outra.

10) Destruição de todas as casas e bairros insalubres e mal construídos.

11) Igualdade de direito de herança para os filhos legítimos e os naturais.

12) Concentração de todos os meios de transporte nas mãos da nação.

Finalmente, quando todo o capital, toda a produção e todo o câmbio estiverem concentrados nas mãos da nação, a propriedade privada deixará de existir por si só, o dinheiro tornar-se-á supérfluo, a produção aumentará e os homens mudarão tanto que se poderão suprimir também as últimas formas de relações da velha sociedade. (...)

A revolução comunista não será uma revolução puramente nacional, mas ocorrerá simultaneamente em todos os países civilizados, quer dizer, pelo menos na Inglaterra, na América, na França e na Alemanha. (...) É uma revolução universal e terá, portanto, um âmbito universal. (...)

As crises desaparecerão. (...)

(...) Supressão da propriedade privada e educação das crianças pela sociedade, com que se destroem as duas bases do matrimónio atual ligadas à propriedade privada: a dependência da mulher em relação ao homem e a dependência dos filhos em relação aos pais.»

(F. Engels, Princípios do Comunismo)

«Uma revolução é certamente a coisa mais autoritária que se pode imaginar; é o ato pelo qual uma parte da população impõe a sua vontade à outra por meio das espingardas, das baionetas e dos canhões, meios autoritários como poucos; e o partido vitorioso, se não quer ser combatido em vão, deve manter o seu poder pelo medo que as suas armas inspiram aos reacionários.»

(F. Engels, Sobre a Autoridade)

«Este Estado e esta sociedade produzem a religião, uma consciência invertida do mundo, porque eles são um mundo invertido. A religião é a teoria geral deste mundo, o seu resumo enciclopédico, a sua lógica em forma popular, (...) o seu entusiasmo, a sua sanção moral, o seu complemento solene, a sua base geral de consolação e de justificação. É a realização fantástica da essência humana, porque a essência humana não possui verdadeira realidade. (...)

A miséria religiosa constitui ao mesmo tempo a expressão da miséria real e o protesto contra a miséria real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o ânimo de um mundo sem coração e a alma de situações sem alma. A religião é o ópio do povo.

A abolição da religião enquanto felicidade ilusória dos homens é a exigência da sua felicidade real. O apelo para que abandonem as ilusões a respeito da sua condição é o apelo para abandonarem uma condição que precisa de ilusões. A crítica da religião é, pois, o germe da crítica do vale de lágrimas, do qual a religião é a auréola.

(...) A crítica da religião liberta o homem da ilusão, de modo que pense, atue e configure a sua realidade como homem que perdeu as ilusões e reconquistou a razão, a fim de que ele gire em torno de si mesmo e, assim, em volta do seu verdadeiro sol. A religião é apenas o sol ilusório que gira em volta do homem enquanto ele não circula em tomo de si mesmo.

(...) A tarefa imediatada da filosofia, que está ao serviço da história, é desmascarar a autoalienação humana nas suas formas não sagradas, agora que ela foi desmascarada na sua forma sagrada. A crítica do céu transforma-se deste modo em crítica da terra, a crítica da religião em crítica do direito, e a crítica da teologia em crítica da política.»

(Karl Marx, Crítica da filosofia do direito de Hegel)

«É na prática que o homem tem de demonstrar a verdade, isto é, a realidade, e a força, o caráter terreno do seu pensamento. (...)

As circunstâncias são modificadas precisamente pelos homens e (...) o próprio educador precisa de ser educado. (...)

Mas a essência humana não é algo abstrato, interior a cada indivíduo isolado. É, em sua realidade, o conjunto das relações sociais. (...)

A vida social é essencialmente prática. (...)

Os filósofos não fizeram mais do que interpretar o mundo de forma diferente; trata-se, porém, de modificá-lo.»

(Karl Marx, Teses sobre Feuerbach)

«Como se resolve uma antítese? Tornando-a impossível. E como se torna impossível uma antítese religiosa? Abolindo a religião. (...) A ciência será, então, a sua unidade. E, no plano científico, a própria ciência encarrega-se de resolver as antíteses. (...)

(...) O homem liberta-se por meio do Estado. (...) O Estado é o mediador entre o homem e a sua liberdade.»

(Karl Marx, A questão judaica)


Sociedade Fabiana

5
Sociedade Fabiana

(Socialismo fabiano)


«Remodelar mais perto do desejo do coração».

«Rezai fervorosamente [ao socialismo], martelai vigorosamente [o mundo]».

(Frases escritas no vitral da sede da Sociedade Fabiana, em Londres)


Organização socialista britânica, fundada no ano de 1884 por Sydney Webb, Beatrice Webb, H. G. Wells, George Bernard Shaw, Margaret Sanger, Graham Wallas, Bertrand Russell, Edward R. Pease, Arnold Toynbee, etc., no seguimento das teorias coletivistas de John Ruskin.

É formada por intelectuais, escritores, cientistas e políticos. Estes negam a necessidade da revolução violenta de Karl Marx. Defendem que a via para o socialismo deve ser lenta, através de pequenas reformas e de mudanças na sociedade (engenharia social). Segundo eles, o socialismo deve ser implantado por meio de programas de educação e de propagação da ideologia. Difundem as suas ideias por meio de panfletos, periódicos, livros, conferências, cursos, grupos de discussão, reuniões, palestras, etc..

A sua estratégia essencial é a de infiltrar os seus agentes nos centros de poder, a fim de controlar e dominar a sociedade (partidos políticos, grandes fundações, comunicação social, instituições educativas, organizações cívicas, instituições financeiras, empresas industriais, sindicatos, organizações eclesiásticas, etc.), com vista ao gradual estabelecimento de um Governo mundial baseado no modelo coletivista e de uma nova ordem mundial.

O seu emblema é a tartaruga (pela lentidão em chegar ao destino). O seu escudo oficial contém a imagem de um lobo com pele de cordeiro.

A ação do socialismo fabiano inclui a organização do Partido Trabalhista, a Internacional Socialista, as Nações Unidas (ONU), a criação de uma sociedade secreta por Cecil Rhodes, o Conselho das Relações Exteriores (CFR), a Faculdade de Economia e Ciência Política de Londres (London School of Economics and Political Science), etc..

Afirmações significativas

«Um socialismo democrático, controlado por maioria de votos, guiado por números, nunca pode ter sucesso; um socialismo verdadeiramente aristocrático, controlado pelo dever, guiado pela sabedoria, é o próximo passo para cima na civilização.»

(Annie Besant, membro da Sociedade Fabiana)

Governo mundial (uma nova «religião mundial»)

«O objetivo final dos partidos da Internacional Socialista é nada menos que o Governo mundial. Como um primeiro passo em direção a ele, eles procuram fortalecer as Nações Unidas.»

(O mundo de hoje: a perspetiva socialista, Declaração da Conferência de Oslo da Internacional Socialista, 2-4/6/1962)

«Para nós, o Governo mundial é o objetivo final — e as Nações Unidas são o instrumento escolhido pelo qual o mundo se pode afastar da anarquia do poder político rumo à criação de uma comunidade genuinamente global e ao império da lei.»

(A Nova Grã-Bretanha, Manifesto Eleitoral de 1964 do Partido Trabalhista)

«O caráter da conspiração aberta agora será claramente demonstrado. Ela tornar-se-á um grande movimento mundial, tão disseminado e evidente quanto o socialismo e o comunismo. Tomará o lugar desses movimentos quase completamente. Será algo mais: será uma religião mundial. Essa grande e ampla massa assimiladora de grupos e sociedades estará definitiva e obviamente tentando engolir toda a população do mundo e tornar-se-á a nova comunidade humana.»

(H. G. Wells, Conspiração aberta: Modelos para uma revolução mundial)

«O nosso verdadeiro Estado, o Estado que já começa a existir, o Estado a que todos os homens e cada homem devem dar o seu supremo esforço político, deve ser agora esse nascente Estado Universal Federal para que apontam as necessidades humanas.»

(H. G. Wells, História Universal, vol. III)

Controlo populacional

«Não quero dizer que o controlo de natalidade seja a única maneira pela qual a população pode ser contida. Existem outras, as quais, devemos supor, os oponentes do controlo de natalidade prefeririam. A guerra, como disse há pouco, tem até agora sido dececionante nesta questão, mas talvez a guerra bacteriológica possa provar ser mais eficaz. Se uma peste negra se pudesse espalhar pelo mundo uma vez a cada geração, então os sobreviventes poderiam procriar livremente sem encher demais o mundo. Não há nada nisto que ofenda as consciências dos devotos ou que restrinja as ambições dos nacionalistas. O estado de coisas pode ser um pouco desagradável, mas, e daí? As pessoas de mente elevada são indiferentes à felicidade, especialmente à felicidade dos outros. (…)

A necessidade de um Governo mundial, se quisermos resolver o problema da população de uma forma humana, é completamente evidente com base nos princípios darwinistas.»

(Bertrand Russell, O impacto da ciência na história)

«Acredito que, devido à insensatez humana, um Governo mundial será estabelecido apenas pela força e será, portanto, cruel e despótico no início. Mas, acredito que isso seja necessário para a preservação de uma civilização científica e que, se realizado, gradualmente dará lugar a outras condições toleráveis de existência.

(…) A fisiologia descobrirá, com o tempo, maneiras de controlar as emoções, do que é difícil de duvidar. Quando esse dia chegar, teremos as emoções desejadas pelos nossos líderes, e o principal objetivo da educação fundamental será produzir a disposição desejada... O homem que administrar esse sistema terá um poder muito além dos sonhos dos jesuítas...»

(Bertrand Russell, O futuro da ciência)

«As ideias fundamentais do comunismo não são de forma alguma impraticáveis, e contribuiriam muito, se realizadas, para o bem-estar da humanidade.»

(Bertrand Russell, A prática e a teoria do bolchevismo)

Defesa do abate das pessoas não suficientemente produtivas

«Vocês devem todos conhecer meia dúzia de pessoas, pelo menos, que não servem neste mundo, que são mais um problema do que aquilo que valem.

Basta colocá-los lá e dizer: 'Senhor, ou senhora, agora vai ser bom o suficiente para justificar a sua existência? Se não pode justificar a sua existência, se não está a puxar o seu peso no barco social, se não está a produzir tanto quanto consome, ou talvez um pouco mais, então, claramente, não podemos usar as organizações da nossa sociedade com o objetivo de o manter vivo, porque a sua vida não nos beneficia e não pode ser de muito uso para si mesmo.'»

(George Bernard Shaw, in A História Soviética, documentário de Edvins Šnore)

«Apelo aos químicos para que descubram um gaz humano que mate instantaneamente e sem dor. Mortal em todo o sentido, mas humanamente, não cruel.»

(George Bernard Shaw, in Listener, 7/2/1934)


Ver vitral da Sociedade Fabiana

Socialismo real

6
Socialismo real

(Socialismo aplicado na prática)

A Comuna de Paris (26/3/1871 - 28/5/1871) é considerada o primeiro Governo de socialismo real. Foi o resultado da resistência popular à capitulação da Assembleia Nacional Francesa perante a Prússia. Acabou por ser derrotada, de forma sangrenta, causando cerca de 80 000 mortos e 40 000 prisioneiros.


1.

Marxismo-leninismo

(Marx - Lenin(e))

  • Regime de partido único;
  • Esse regime autodesigna-se de «república socialista», «república democrática», «república popular»…

Ex.: União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), Coreia do Norte, China, Cuba, Vietname, Laos, Angola, Moçambique, etc..


Alguns marxistas-leninistas famosos

Vladimir Ilitch Lenin (Lenine) (22/4/1870 - 21/1/1924), nascido Vladimir Ilyitch Uliánov.

Líder da Revolução Russa de 1917 (Revolução de Outubro), que implantou a primeira ditadura socialista estatal.

Algumas ideias:

O socialismo é um capitalismo de Estado.

Projeção: «Critica-os do que tu és; acusa-os do que tu fazes!»

«É preciso sonhar, mas com a condição de acreditar no nosso sonho, de observar com atenção a vida real, de confrontar a observação com o nosso sonho, de realizar escrupulosamente as nossas fantasias. Sonhos, acredite neles.»

Os «Dez Mandamentos» de Lenin(e), escritos em 1913, apresentando táticas para a tomada do poder

«1. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual.

2. Infiltre e depois controle todos os meios de comunicação social.

3. Divida a população em grupos antagónicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais.

4. Destrua a confiança do povo nos seus líderes.

5. Fale sempre de democracia e de Estado de Direito, mas, logo que haja oportunidade, assuma o poder sem nenhum escrúpulo.

6. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do país, especialmente no exterior, e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação.

7. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do país.

8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não os coíbam.

9. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Os nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de os expor ao ridículo, a votar somente no que for do interesse da causa socialista.

10. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.»

Nota: Um documento, intitulado Regras da revolução, capturado em Dusseldorf após a Segunda Guerra Mundial, diz o seguinte:

«1. Corrompa os jovens, torne-os interessados em sexo, tire-os da religião. Torne-os superficiais e debilitados.

2. Divida as pessoas em grupos hostis; insista constantemente em questões controversas de nenhuma importância.

3. Destrua a fé do povo nos seus líderes nacionais, mantendo-se o último para o ridículo, desprezo e vergonha.

4. Pregue sempre a democracia, mas tome o poder tão rápido e tão cruelmente quanto possível.

5. Ao incentivar extravagâncias do Governo, destrua o crédito dele, produza anos de inflação com o aumento dos preços e o descontentamento geral.

6. Incite greves desnecessárias em indústrias vitais, encoraje distúrbios civis e fomente uma atitude branda e mole por parte do Governo para tais distúrbios.

7. Provoque o colapso das velhas virtudes morais: a honestidade, a sobriedade, a autocontenção, a fé na palavra empenhada».


Josef Vissarionovitch Stalin (18/12/1878 - 5/3/1953), nascido Iossif Vissarionovitch Dzhugashvili (Djugashvili).

Sucessor de Lenine.

Grande referência do terror governativo.

Percurso pessoal:

1. Aluno mal comportado;

2. Assaltante;

3. Terrível ditador.


Mao Zedong (Mao Tsé-Tung) (26/12/1893 - 9/9/1976).

Liderou a Revolução Chinesa e foi o fundador da República Popular da China.

Era intitulado de «O Grande Timoneiro».

Foi o maior assassino da História e a sua ideologia é conhecida como «maoismo».

- Reforma Agrária, Grande Salto em Frente e Revolução Cultural.

Revolução Cultural - Usando jovens e adolescentes, «os guardas vermelhos», destruiu quase toda a cultura tradicional chinesa, «o velho pensamento, a velha cultura, as velhas vestimentas e os velhos costumes».

Algumas afirmações de Mao Zedong (Mao Tsé-Tung)

«No meu ponto de vista, seria preciso unificar o mundo (...). No passado, muitas pessoas, especialmente os mongóis, os romanos, (...) Alexandre Magno, Napoleão e o império britânico tentaram fazê-lo. Nos nossos dias, os Estados Unidos e a União Soviética quereriam os dois consegui-lo. Hitler queria unificar o mundo (...). Mas, todos fracassaram. Entretanto, parece-me que há uma possibilidade que não desapareceu (...). No meu ponto de vista, podemos ainda unificar o mundo.»

«Nós estamos dispostos a sacrificar 300 milhões de chineses pela vitória da revolução mundial.»

«A morte é verdadeiramente uma causa de regozijo (...). Dado que nós acreditamos na dialética, não podemos ver nela senão um benefício.»

(In Jung Chang e Jon Halliday, Mao, Gallimard, Paris)


Ernesto Rafael Guevara de la Serna, conhecido como «Che» Guevara (14/6/1928 - 9/10/1967).

Foi um dos ideólogos e comandantes que lideraram a Revolução Cubana (1953-1959).

Guerrilheiro e criador de campos coletivos de trabalho forçado.

Algumas afirmações famosas de «Che» Guevara

«Fuzilamentos, sim! Temos fuzilado. Fuzilamos e continuaremos fuzilando enquanto for necessário! A nossa luta é uma luta à morte.» (Discurso na ONU, 11/12/1964.)

«Odeio a civilização.»

«Os meus amigos são amigos enquanto pensarem politicamente como eu.»

«Deixe dizer-lhe, com o risco de parecer ridículo, que o revolucionário verdadeiro é guiado por grandes sentimentos de amor. É impossível pensar num revolucionário autêntico sem esta qualidade. Quiçá seja um dos grandes dramas do dirigente; este deve unir a um espírito apaixonado uma mente fria e tomar decisões dolorosas sem que se contraia um músculo. (...) Nessas condições, há que se ter uma grande dose de humanidade, uma grande dose de sentido de justiça e de verdade para não cair em extremos dogmáticos, em escolasticismos frios, em isolamento das massas. Todos os dias é preciso lutar para que esse amor à humanidade vivente se transforme em factos concretos, em atos que sirvam de exemplo, de mobilização.»

(«Che» Guevara, O socialismo e o homem em Cuba)

«O ódio como fator de luta; o ódio intransigente ao inimigo, que impulsa para além das limitações naturais do ser humano e que o converte numa efetiva, violenta, seletiva e fria máquina de matar. Os nossos soldados têm de ser assim; um povo sem ódio não pode triunfar sobre um inimigo brutal.»

(Mensagem à Tricontinental)


Outros marxistas-leninistas famosos

Kim Il-Sung (15/4/1912 - 8/7/1994), «Grande Líder» e «Presidente Eterno» da Coreia do Norte;

Fidel Alejandro Castro Ruz (13/8/1926 - 25/11/2016), primeiro presidente do Conselho de Estado da República de Cuba (1976 - 2008);

Saloth Sar, conhecido como Pol Pot ou Minh Hai (19/5/1928 - 15/4/1998), revolucionário que liderou o Khmer Vermelho, responsável pelo genocídio do Camboja;

Enver Halil Hoxha (16/10/1908 - 11/4/1985), líder da Albânia do fim da Segunda Guerra Mundial até à sua morte;

Etc..