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Para compreendermos muito do que acontece por esse mundo fora, precisamos de conhecer as características do esquerdismo (ou socialismo), que provém duma mentalidade revolucionária. Esta mentalidade assenta na fé num futuro melhor tido como certo e na negação da experiência acumulada dum passado conhecido, pelo que é designada de progressismo.
Numa gradação do esquerdismo, podemos identificar seis graus. É bem possível que os seres humanos normais atinjam os três primeiros graus em algum momento da vida. Nas artes (particularmente na literatura, no cinema e no teatro), encontramos muito facilmente esses três primeiros graus.
1. Constatação de que o mundo real não é paradisíaco. — O mundo não é um paraíso, pois não é capaz de satisfazer todos os nossos desejos, e parece cheio de contradições.
2. Revolta contra a realidade e, consequentemente, contra o Criador dela. — O esquerdista sente-se um oprimido, uma vítima, e revolta-se contra essa suposta condição. A revolta contra a realidade é uma revolta contra Deus, o criador da realidade, considerando-O mau e incompetente.
3. Refúgio na fantasia, ideologia criada pelo próprio ou por outros. — Como compensação, o esquerdista nega a realidade, a verdade conhecida como tal. Vai-se convencendo de que está mal feita, pelo que tem de ser destruída e substituída pelas fantasias ideológicas dele. Já que o mundo não é um paraíso, ele vai tentar criar o seu próprio paraíso fictício. É uma postura de imaturidade infantil.
4. Tentativa de impor a ideologia ao máximo possível de pessoas. — Busca do poder político, social, económico, cultural, académico, científico, etc. A dominação pode ser conseguida pelo poder das armas, mas o mais habitual é usar a estratégia da subversão ideológica (infiltração, ocupação de espaços, domínio da opinião pública, etc.). Para credibilizar, a ideologia é disfarçada de ciência e de progresso. O esquerdista vai-se endeusando, considerando-se o dono da verdade, o «salvador da pátria», o único capaz de criar as soluções para todos os problemas. Bom e verdadeiro «é» o que ele decide decretar como tal, em função dos interesses imediatos dele. A suposta preocupação social, a promessa de um mundo melhor e de uma sociedade mais perfeita ou outras propostas ideológicas são meros pretextos, já que o futuro continuará sempre a ser futuro, e esse prometido mundo perfeito nunca chegará. Como só o «tribunal da História», no futuro prometido, poderá julgar o esquerdista, ele não espera ser julgado durante a vida. O «delírio de interpretação» passa a atacar outras pessoas.
5. Insatisfação constante, o que leva a procurar cada vez mais poder. — O esquerdista nunca está satisfeito, quer sempre mais, considerando que os fins justificam os meios para avançar para o que considera ser o progresso (progressismo). Pela fé num futuro paraíso prometido, todos os males são justificados no presente! Ele considera de «direita» tudo o que decide combater (por mais esquerdista que isso seja). Para ele, um outro esquerdista é, inevitavelmente, considerado como de «direita», reacionário, «neoliberal», burguês, capitalista, inimigo do povo, retrógrado, fascista, filisteu, medieval, etc., devendo ser eliminado!
6. Totalitarismo. — O esquerdismo é o caminho de Satanás, a serpente enganadora que tenta convencer os seres humanos a serem (como) deuses. Se não houver reação que trave o esquerdista, ele vai tentar dominar a totalidade da realidade. Ele acaba por se tornar um Mao Tsé-Tung, um Estaline, um Hitler…!
De um modo ou de outro, o esquerdismo é tão velho como a própria humanidade. A sorte é que, a maior parte das vezes, fica pelos três primeiros graus! Muito necessário, todavia, é reagirmos para cortarmos este grave mal pela raiz. De modo especial, devemos apostar seriamente na educação das nossas crianças e dos nossos jovens — não aconteça que algum «pequeno ditador» venha a ser um grande ditador, no futuro!
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